sábado, 31 de maio de 2008

Reencarnação

O tema reencarnação é sempre evocado quando se fala em Espiritismo. Trata-se de um dogma espírita?

A reencarnação não é um simples princípio espírita e muito menos um dogma religioso.
Trata-se de uma lei divina que envolve a evolução dos Espíritos. O Espiritismo apenas a enuncia.

Seria, então, um tema de caráter científico?

Sem dúvida. Mais cedo ou mais tarde, a Ciência comprovará que retornamos à carne muitas vezes, no desdobramento de experiências necessárias à nossa evolução.

Se a reencarnação é uma lei divina, por que não foi adotada pelas religiões?

Isso não é novidade. Princípios bem mais palpáveis, sob o ponto de vista científico, como os movimentos de rotação e translação da Terra foram rejeitados pelas autoridades religiosas durante séculos.
Galileu Galilei, que acumulou provas matemáticas desses movimentos, teve que se desdizer para não ser conduzido à fogueira, porquanto os teólogos insistiam na tese delirante de que a Terra seria imóvel e o centro do Universo.

Qual a finalidade da reencarnação?

Promover nossa evolução. No estágio primário em que nos encontramos, necessitamos das limitações impostas pela carne, que agitam nossa alma ao mesmo tempo que nos habituam às disciplinas do trabalho.
A simbologia bíblica, ganhar o pão de cada dia com o suor do rosto, é bastante sugestiva.

Se a reencarnação é uma lei divina, é possível comprovar sua existência com os recursos da ciência?

Como não podemos levar a alma para o laboratório, submetendo-a a testes variados, devemos buscar essa comprovação nas experiências de vida, envolvendo pessoas que recordam existências passadas, regressão de memória por hipnose ou técnicas de relaxamento, crianças geniais, marcas de nascença...
No somatório, fatos dessa natureza evidenciam a reencarnação.

Nota-se que quem não está familiarizado com a reencarnação tem dificuldade para conceber que possa ter sido outra pessoa. Como explicar de forma objetiva e clara?

Imaginemos um ator, desempenhando sucessivos papéis – homem, mulher, velho, criança, europeu, asiático, branco, negro, são, doente... Mudará de trajes e de aparência, mas será mesmo sempre ele mesmo, travestido. Assim é o Espírito, que assume sucessivas personalidades, mas é sempre a mesma individualidade.

A questão crucial é o esquecimento. Por que não lembramos conscientemente das existências pregressas se somos sempre a mesma individualidade?

O esquecimento funciona em nosso benefício, por inúmeras razões.
A principal é que se lembrássemos haveria uma sobreposição de experiências que nos perturbaria.
Há pessoas que vão parar em hospitais psiquiátricos por lembrarem da existência passada, embaralhando duas personalidades em sua cabeça.
Imaginemos se isso ocorresse em relação a incontáveis personalidades de vidas anteriores...

De que valem as experiências reencarnatórias, se não guardamos lembrança delas?

Guardamos seu substrato, a manifestar-se em idéias, sentimentos, tendências e vocações. Ninguém revela facilidade para determinada atividade por mera influência genética.
Tudo é fruto de experiências passadas, envolvendo, inclusive, o relacionamento afetivo e familiar.
Tendemos a reencontrar afetos e desafetos do pretérito, a fim de consolidar afeições e desfazer aversões.
Não lembramos, mas experimentamos sentimentos muito fortes, que transcendem o presente.
Remontam a vivências anteriores.


Extraído de: Espiritismo – Tudo o que você precisa saber.
Richard Simonetti
Editora Ceac.
E-mail:
ceaceditora@ceac.org.br

O Centro Espírita

O que é o Centro Espírita?

É o local onde as pessoas se congregam para tratar de assuntos relacionados com a Doutrina Espírita.

Por que “centro”?

Como ocorre com freqüência na língua portuguesa, esse termo tem vários significados.
Em se tratando de Doutrina Espírita, podemos considerá-lo sinônimo de sociedade, expressão mais adequada, que vem sendo usada com freqüência na denominação das instituições doutrinárias espíritas.
Mais exatamente, seria associação, já que, de acordo com o novo código civil, a expressão sociedade deve ser reservada a empresas de caráter comercial.

Como poderíamos definir as atividades do Centro Espírita?

São várias, às quais as pessoas têm acesso à medida que se integram.
Num primeiro momento o Centro Espírita tem sido para a maior parte dos que chegam um hospital para tratamento dos males do corpo e da alma.

Quais os recursos mobilizados nesse “hospital”?

Envolvem passes magnéticos, entrevistas fraternas, trabalhos de vibração, reuniões de desobsessão... Considere-se, entretanto, que esses recursos são de superfície. Cuidam dos efeitos, envolvendo a visão que as pessoas têm da vida e sua maneira de viver. Para que tenham efeito duradouro é preciso que os interessados busquem um segundo estágio.

Qual seria?

A escola, onde freqüentarão cursos de Espiritismo para uma visão objetiva dos porquês da existência e, sobretudo, das origens de seus problemas de saúde.
A doença é sempre um espelho da alma, mostrando-nos que algo não vai bem em nossas concepções de vida, em nossa maneira de viver.
O aprendizado espírita faculta-nos esse entendimento.

As pessoas buscam ajuda e aprendem que é preciso que ajudem a si mesmas?

Isso é elementar em Espiritismo. Não existe um destino pontuado, em que as coisas acontecem porque está escrito.
Vivemos num regime de causa e efeito em que, permanentemente, colhemos o que semeamos, envolvendo causas próximas ou remotas, de hoje, de ontem, do ano passado, de existências pretéritas.
Se quisermos que o nosso futuro seja diferente, devemos mudar nosso presente, buscando um comportamento compatível com a moral evangélica, que resume o que Deus espera de nós.

Hospital e escola. Algo mais?

Num terceiro estágio, o Centro Espírita é abençoada oficina de trabalho onde, pelo empenho de servir, neutralizamos o grande mal de nossa personalidade – o egoísmo.
É a partir do comportamento voltado unicamente para os interesses pessoais, que resvalamos para a inconseqüência, a desonestidade, o vício, a agressividade, e tudo o mais que nos compromete.

E a comunhão com Deus? O Centro Espírita não funciona também como um templo divino?

Templo é o Universo, a casa de Deus. Vivemos nela.
O Centro Espírita é a escola/oficina, que nos permite, com as iniciativas que sugere, um padrão vibratório que nos faculte a comunhão com o Pai Celeste.
Esse programa renovador está maravilhosamente definido por Leon Denis, ao proclamar: Tende por templo o Universo; por imagem, Deus; por lei, a Caridade; por altar, a Consciência.

Extraído de: Espiritismo – Tudo o que você precisa saber.
Richard Simonetti
Editora Ceac.
E-mail: ceaceditora@ceac.org.br

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O que é Espiritismo?

Como podemos definir o Espiritismo?

Trata-se de uma filosofia, combases científicas e consequências religiosas.

O que é filosofia espírita?

Partindo da idéia platônica de que filosofar é procurar o sentido para a vida, podemos dizer que a filosofia espírita é essa busca a começar do contato com o Mundo Espiritual.
Os que moram "do outro lado" têm uma visão mais ampla sobre o assunto, sem as limitações impostas pela armadura da carne, que inibe nossas percepções.

O que dizem os que vivem "do outro lado"?

Dizem de onde viemos, o que estamos fazndo na Terra e para onde vamos, dentro de um continuum evolutivo destinado a nos conduzir à perfeição.
Nesse contexto, explicam os porquês das desigualdades, envolvendo confição social, moral, cultural, intelectual e outras mais que costumam fazer a perplexidade das pessoas, levando-as a duvidar da justiça divina.

E a ciência espírita?
Se a Doutrina propõe o contato com o Além, de onde colhemos informações sobre a Vida, quem nos garante que essas informações estão corretas e exprimem a verdade?

Aí entra a Ciência, envolvendo pesquisas quanto à autenticidade dos fenômenos de intercâmbio.

Como se faz essa pesquisa?

Avaliando o trabalho de grandes médiuns, que produzem fenômenos mediúnicos ostensivos, como a materialização de Espíritos.
Se vamos a uma reunião e surge um familiar que faleceu; se ele se faz visível e tangível, permitindo que o toquemos; se evoca fatos que marcaram nossa convivência, com detalhes que ninguém conhece, obviamente temos uma demonstração inquestionável do intercâmbio com os mortos.
Haverá, talvez, alguma dúvida para quem ouve falar sobre o assunto, mas é de inconfundível autenticidade para quem passa pela experiência. Acontece com muitos pesquisadores.

Aspecto religioso - Espiritismo é religião?

Se a Doutrina Espírita proclama a existência de Deus; se defende a sobrevivência do Espírito; se adverte quanto às consequências das ações humanas no plano espiritual; se enfatiza a necessidade de reforma íntima; se exalta o esforço do Bem, valores que nos aproximam do Criador, obviamente é uma religião.

As religiões costumam ser absolutistas, proclamando-se depositárias da verdade e da salvação. O que diz o Espiritismo?

A verdade fundamental está toda contida no "amai-vos uns aos outros", recomendado por Jesus, o caminho perfeito para nossa integração nos ritmos do Universo. À medida que a vivenciarmos estaremos salvo das dores e desajustes que fazem nossa infelicidade. É o que ensina a Doutrina Espírita.

Extraído de:Espiritismo - Tudo o que você precisa saber.
Richard Simonetti

Editora CEAC
e-mail:
ceaceditora@ceag.org.br